Salário digno para os profissionais de Enfermagem

Projeto de Lei 2573/2011, que fixa pisos salariais para Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. Altera Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício da Enfermagem. Projeto de Lei 4924/2009, que fixa pisos salariais para Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. Altera Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício da Enfermagem.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Alertas à saúde do homem


A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem foi lançada em 2009, pelo Governo Federal, com o objetivo de facilitar e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde, pois o Ministério da Saúde considera a estratégia de prevenção a mais efetiva e segura.
O grande problema é que cuidar da saúde tornou-se uma questão cultural. Enquanto as mulheres aprendem, desde cedo, que é preciso ir regularmente ao ginecologista - e depois, quando se tornam mães, que é preciso levar os bebês ao pediatra -, os homens são criados sem esse hábito. Como consequência, muitos deles sofrem com males que poderiam ser evitados com atitudes preventivas.
No Brasil, as doenças que mais afetam o sexo masculino são um problema de saúde pública, como câncer, diabetes, colesterol, pressão arterial elevada e doenças do coração. Os problemas cardiovasculares estão entre as principais causas de morte - e entre os homens a incidência é maior. A prevenção pode ser feita com checkup periódico para controle dos fatores de riscos. Todos esses males podem ser ocasionados ou agravados pelo consumo excessivo de bebida alcoólica e cigarro.
O câncer de próstata é o mais frequente no homem e representa mais de 40% dos tumores que atingem o sexo masculino em idade superior a 50 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), estima-se que 50 mil novos casos aparecem por ano no Brasil.
As consultas ao urologista devem ser iniciadas aos 45 anos, mas se houver casos da doença na família, a primeira visita deve ser antecipada aos 40 anos. Segundo especialistas, o diagnóstico é feito em três etapas. A primeira é um bate papo sobre os possíveis sintomas, depois o paciente faz o Antígeno Prostático Específico - PSA (exame que mede a taxa de antígeno prostático no sangue – o qual não pode ser superior a 4ng) e por último, é realizado o exame com toque retal. 
Se os exames estiverem alterados, o médico solicita uma biópsia da próstata, a qual é realizada através de um aparelho de ultrassom que detecta pontos suspeitos e colhe amostras do tecido para confirmar a doença e seu estágio. O câncer de próstata geralmente apresenta evolução lenta, e não produz sintomas na fase inicial, por isso é tão importante ir anualmente ao médico. 
Feito o diagnóstico precoce do câncer de próstata, inicia-se o tratamento e o paciente apresenta um bom prognóstico de cura. 
Além do câncer de próstata, outros fatores como alcoolismo e tabagismo representam risco à saúde dos homens. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de dois bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas no mundo. Os homens iniciam precocemente o consumo de álcool e, por isso, tendem a beber mais e a ter mais prejuízos em relação à saúde do que as mulheres. A prevalência de dependentes de álcool também é maior para o sexo masculino: 19,5% dos homens são dependentes de álcool, enquanto 6,9% das mulheres apresentam dependência.
Em relação ao tabagismo - considerado pela OMS a principal causa de morte evitável em todo o mundo -, os homens também usam cigarros com maior frequência do que as mulheres, o que acarreta maior vulnerabilidade às doenças cardiovasculares, pulmonares, bucais, câncer, entre outras. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% da população masculina e 12% da feminina fumam no mundo. 
Portanto, se você é homem, fuja desse paradigma, cuide bem da saúde e consulte o médico regularmente. E, como profissional de enfermagem, enfatize esses alertas em sua atuação profissional! Lembre-se, a vida é o bem mais importante que possuímos e não vale a pena entrar para as estatísticas das doenças.

Texto redigido pelos monitores do Programa Proficiência Bruno Torres de Melo e Kelly Christina de Alencar Dias.

Referências:

GOMES R. Sexualidade masculina e saúde do homem: proposta para uma discussão. Ciência Saúde Coletiva 2003, v. 8, p.825-9.
GOMES R, NASCIMENTO EF, ARAÚJO FC. Por que os homens buscam menos os serviços de saúde do que as mulheres? As explicações de homens com baixa escolaridade e homens com ensino superior. Cad. Saúde Pública, vol.23, nº 3, Rio de Janeiro, Março 2007.
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Censos Demográficos e Contagem Populacional para os anos intercensitários. Estimativas preliminares dos totais populacionais, estratificados por idade e sexo pelo MS/SE/Datasus. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/metodologia.pdfAcesso em 16/02/2012.
SCHRAIBER LB, GOMES R, COUTO MT. Homens e saúde na pauta da saúde coletiva. Ciência e Saúde Coletiva, v. 10, n. 1, p.7-17, 2005.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Formulação de Políticas de Saúde - Políticas de Saúde. Metodologia de Formulação, Brasília, 1998.
Fonte: COFEN

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