Salário digno para os profissionais de Enfermagem

Projeto de Lei 2573/2011, que fixa pisos salariais para Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. Altera Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício da Enfermagem. Projeto de Lei 4924/2009, que fixa pisos salariais para Enfermeiros, Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. Altera Lei 7.498/86, que regulamenta o exercício da Enfermagem.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Doutorado-Sanduíche Reverso: estímulo à internacionalização

Como forma de incrementar a produção científica e tecnológica conjunta de pesquisadores de instituições sediadas no estado do Rio de Janeiro com instituições estrangeiras, contribuindo para ampliar as iniciativas de internacionalização dos programas de pós-graduação (PPG) fluminenses, a Fundação lança, nesta quinta-feira, 5 de dezembro, o edital n.43 / 2013 – Apoio ao doutorado-sanduíche reverso – 2013.

Com o programa, prioriza-se o fomento de redes cooperativas de ensino e pesquisa entre programas de pós-graduação fluminenses e de instituições no exterior, concedendo-se estágios a alunos de doutorado de programas de pós-graduação de países estrangeiros, com nível reconhecido pela FAPERJ. Oferecidas nas várias áreas de conhecimento, e, sobretudo, para estimular a realização de pesquisas de interesse dos programas fluminenses, as bolsas de doutorado-sanduíche reverso se destinam a expandir a produção científica e tecnológica conjunta com instituições no exterior.

Para o diretor científico da Fundação, Jerson Lima Silva, o País vem consolidando, nos últimos 20 anos, os programas de doutorado-sanduíche no exterior. "E há dois anos, a FAPERJ lançou o seu programa. Agora, estamos traçando o caminho inverso, trazendo doutorandos estrangeiros para que realizem seus projetos no estado do Rio de Janeiro. Com isso, procuramos contribuir com um dos problemas da ciência nacional: ampliar a internacionalização nos programas de pós-graduação e as parcerias com instituições estrangeiras." E ele logo acrescenta: "Em vários rankings internacionais, as universidades brasileiras tem tido a avaliação comprometida por esse aspecto." 

Podem ser proponentes pesquisadores com grau de doutor, com desempenho acadêmico satisfatório comprovado, credenciados como professores junto a PPG stricto sensu de instituições de ensino e pesquisa fluminenses, e com anuência da coordenação do programa a que estiverem vinculados e do principal orientador estrangeiro do doutorando a ser indicado para a bolsa. O proponente, com vínculo empregatício com a instituição de execução do projeto, indicará o(s) candidato(s) para receber as bolsas previstas e será o orientador brasileiro do(s) doutorando(s) que fará(ão) o estágio em instituição fluminense. Segundo define o edital, o proponente deverá igualmente manter boa produção científica na área da orientação e comprovada experiência na orientação de teses de doutorado. É necessário descrever detalhadamente o projeto a ser desenvolvido, realçando a importância de sua realização para a instituição ou para a linha de pesquisa em andamento, assim como a justificativa para a realização do estágio do doutorando matriculado em PPG de instituição de ensino e pesquisa estrangeira. 

Para os candidatos à concessão de uma dessas bolsas, exige-se que estejam regularmente matriculados em curso de doutorado em instituição estrangeira avaliada como meritória por Comitê Especial de Julgamento instituído pela FAPERJ; que tenham visto de estudante válido no Brasil; e proficiência em português, espanhol ou inglês, atestado pelo orientador brasileiro, no caso de candidato de nacionalidade estrangeira; produção científica compatível com seu nível de formação; e haver avançado no projeto de tese dentro da perspectiva de bom desempenho do plano de atividades a ser desenvolvido no Rio de Janeiro. Os bolsistas precisarão ter dedicação integral às atividades previstas no projeto e, uma vez concluído o estágio, deverão retornar a seu País de origem no prazo de até 30 dias, para dar continuidade a seu doutorado até a sua conclusão. Com recursos de R$ 2 milhões, o programa possibilita a concessão de até 40 bolsas a doutorandos matriculados em cursos de doutorado estrangeiros, e terão vigência entre quatro e doze meses.

A submissão de projetos pode ser feita até o dia 13 de março de 2014, e a divulgação dos resultados está prevista para ser realizada a partir de 10 de abril, com início da vigência das bolsas para junho.

Fonte: AÊNCIA FAPERJ

Pesquisadores investigam possíveis gatilhos ambientais para a doença 'fogo selvagem'

Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Por meio de uma parceria de mais de 25 anos, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill (Estados Unidos), analisam os fatores ambientais, genéticos e imunológicos que levam ao desenvolvimento da doença pênfigo foliáceo – popularmente conhecida como fogo selvagem na sua forma endêmica.

A enfermidade autoimune é caracterizada pela formação de bolhas por todo o corpo que, ao se romperem, podem servir de porta de entrada para infecções e culminar em sepse se não tratadas adequadamente.

As bolhas são resultado do ataque do sistema imunológico a uma proteína normalmente existente na camada mais superficial da epiderme denominada desmogleína 1 – que ajuda a manter as células da pele aderidas umas às outras. O ataque a uma proteína própria do organismo é resultado da desregulação do sistema imunológico e pode ser atribuído a inúmeros fatores.

Além de predisposição genética, o grupo de pesquisadores da USP e da UNC-Chapel Hill suspeita haver relação com a exposição constante a certos insetos hematófagos, particularmente o flebótomo (vetor da leishmaniose, popularmente conhecido como mosquito-palha), o triatomíneo (vetor da doença de Chagas conhecido como barbeiro) e o simulídeo (borrachudo).

Parte dos resultados obtidos nas últimas décadas foi apresentada durante a programação da FAPESP Week North Carolina, realizada em novembro, pelo professor do Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da UNC-Chapel Hill, Luis Diaz, e pela professora do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina da USP, Valéria Aoki.

“Temos evidências preliminares de que soros de pacientes com fogo selvagem reconhecem certas proteínas da glândula salivar de flebótomos. Se esse for realmente o caso, será a primeira doença autoimune em que podemos determinar a origem da autoimunidade”, afirmou Diaz.

De acordo com o pesquisador, o Grupo Cooperativo para Estudo do Fogo Selvagem surgiu em 1985 por iniciativa do professor da FMUSP, Sebastião de Almeida Prado Sampaio, morto em 2008. A pesquisa tem sido financiada há mais de duas décadas pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos.

Nos anos 1980, o grupo conseguiu identificar os anticorpos responsáveis pelo ataque à desmogleína 1 e isolar o principal deles: o IgG4. “Purificamos o anticorpo IgG4 do soro de pacientes de fogo selvagem e injetamos em camundongos, desenvolvendo um modelo animal para estudo da doença. Agora estamos usando novas técnicas e já chegamos a 97% de pureza. A ideia é injetar esse anticorpo purificado no camundongo e tentar descobrir qual porção específica da molécula é atacada”, contou Diaz.

O Grupo Cooperativo para Estudo do Fogo Selvagem desenvolve também estudos no âmbito epidemiológico para desvendar possíveis fatores ambientais. O centro da investigação é a aldeia indígena Terena de Limão Verde, localizada em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul.

“É uma região em que a doença é endêmica, chegando a afetar 3,4% dos habitantes, prevalência muito alta para uma condição autoimune. Nas demais partes do mundo, existem apenas casos esporádicos”, contou Aoki.

Os doentes e a população não acometida pelo fogo selvagem da aldeia têm sido acompanhados pelo grupo há 20 anos, por meio de exame clínico e controle sorológico. Foi em um desses estudos que os pesquisadores constataram que, no soro de doentes de fogo selvagem, existem anticorpos que reconhecem proteínas presentes na saliva do flebótomo.

“Uma das hipóteses é que a saliva do inseto, na hora da picada, possa modificar a estrutura da desmogleína 1, facilitando, por exemplo, a exposição de parte da molécula normalmente oculta. Ou talvez possa injetar algo que mimetize a desmogleína 1, desencadeando a autoimunidade”, explicou Aoki.

Mas se todos os moradores da aldeia estão expostos a picadas constantes de insetos hematófagos, por que apenas alguns desenvolvem a doença? Uma das possibilidades, de acordo com a pesquisadora, é a existência de uma sequência específica de genes no sistema antígeno leucocitário humano (HLA, na sigla em inglês) – responsável por codificar proteínas envolvidas na resposta imune – que torna a pessoa predisposta.

“Durante os estudos de vigilância clínico-epidemiológica, descobrimos algo inesperado: soros de indivíduos que moravam na aldeia e não manifestavam a doença também possuíam anticorpos contra a desmogleína-1. E, quanto mais distante da aldeia, menor a chance de encontrarmos anticorpos anti-desmogleína 1 no soro dos indivíduos sem a doença. Isso reforça a importância do estímulo ambiental no desenvolvimento da autoimunidade”, avaliou Aoki.

De acordo com a pesquisadora, os resultados têm despertado grande interesse na comunidade científica, pois podem ajudar a entender o mecanismo de funcionamento de outras doenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide. “Talvez outras enfermidades possam sofrer influência de estímulos ambientais”, disse Aoki.

Fonte Agência Fapesp.

CEPID guarda o mais importante banco de tumores da América Latina

Por José Tadeu Arantes

Quando a FAPESP e o Instituto Ludwig de Pesquisa sobre o Câncer lançaram o Projeto Genoma Humano do Câncer, em 1999, o hospital A.C. Camargo – ao qual o Instituto estava associado – começou a armazenar amostras de tecidos tumorais de pacientes com câncer. Esse material deu origem ao primeiro, maior e mais importante biorrepositório da América Latina, com amostras de tumores de mais de 30 mil pessoas.

Esse banco de tumores tornou-se um precioso instrumento de pesquisa e de desenvolvimento para diagnóstico, prognóstico e tratamento de câncer. Cada amostra está correlacionada aos dados do paciente e ao histórico de sua doença. Assim, em paralelo ao banco de tumores, que contém os dados patológicos, há um banco de dados clínicos, com informações sobre cada paciente, e os dois estão integrados.

Dessa forma, é possível estudar as características de cada tecido tumoral em relação à evolução da doença do seu doador e à resposta a tratamentos, por exemplo. E, ao mesmo tempo, analisar e comparar esses dados com aqueles originários de tecidos e respostas clínicas de outros doadores, procurando mecanismos que permitam antecipar o diagnóstico ou prever o desenvolvimento da enfermidade.

“Graças à existência desse banco de tumores, pudemos pleitear nossa participação no Programa Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), possibilitando que o projeto fosse levado adiante e crescesse”, contou o patologista Fernando Soares, diretor do Departamento de Anatomia Patológica do hospital – recentemente renomeado como A.C. Camargo Cancer Center.

Soares coordenou o Centro Antonio Prudente para Pesquisa e Tratamento do Câncer, aprovado no primeiro edital do Programa CEPID, em 2000, e apoiado pela FAPESP por um período de 11 anos. As pesquisas realizadas por este CEPID prosseguiram no Centro Internacional de Pesquisa Ricardo Brentani, e a sua infraestrutura laboratorial foi incorporada pelo Centro de Patologia Investigativa (CPI), ambos instalados no A.C. Camargo Cancer Center.

As amostras depositadas no banco de tumores são recolhidas de pacientes submetidos a cirurgias. O tumor retirado é analisado por patologistas para a definição do tratamento e o material excedente é processado em “condições altamente controladas”, antes de ser congelado em nitrogênio líquido ou isolado em parafina, entre outros procedimentos.

“Ensaios de imuno-histoquímica ou técnicas de análise genômica permitem não apenas fazer o diagnóstico, mas também obter várias outras informações a respeito dos tumores, como a resistência a determinados tratamentos e a mensuração de biomarcadores prognósticos”, detalhou Vilma Martins, diretora do Centro Internacional de Pesquisa Ricardo Brentani.

Com a estrutura atualmente disponível no Centro de Pesquisa, é possível ainda gerar linhagens celulares a partir desses tumores e utilizá-las em modelos animais para o entendimento dos mecanismos associados ao processo tumoral. “Temos hoje uma estrutura que nos permite estudar esses tumores em nível molecular, celular e de sistemas, usando diferentes abordagens experimentais”, disse Vilma Martins.

A coleta e a armazenagem das amostras são realizadas apenas com a autorização do paciente ou de seu responsável legal. O material armazenado é codificado para assegurar a privacidade do doador e de todas as informações associadas. As pesquisas com o material são avaliadas e aprovadas pelo Comitê de Ética em Pesquisa e, em alguns casos, também pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.

Os pacientes que chegam todos os dias ao A.C. Camargo Cancer Center são beneficiários diretos desses estudos. “Existe hoje um conjunto de procedimentos de rotina no hospital que são decorrência direta da pesquisa, conhecimentos adquiridos no estudo que foram incorporados à atenção ao paciente”, destacou Fernando Soares.

Prevenção e diagnóstico

Um dos principais usos das amostras do Banco de Tumores do A.C. Camargo Cancer Center é a busca de alterações genéticas que aumentam o risco de câncer. Os portadores dessas alterações são beneficiados com medidas preventivas ou diagnóstico precoce. Uma alteração de DNA, por exemplo, pode permitir identificar os riscos da doença em pacientes ainda sem sintomas clínicos e desencadear ações de prevenção.

“Um exemplo prático é a detecção de mutações associadas com as síndromes de cânceres familiais, que permitem identificar pacientes assintomáticos com risco para desenvolver a doença. Nesse caso, os pacientes podem ser acompanhados, diagnosticados e tratados precocemente”, exemplificou Vilma Martins. “Os pacientes e suas famílias também são encaminhados ao Serviço de Oncogenética para aconselhamento genético, criado e ampliado durante o projeto CEPID”, continuou.

Uma linha de pesquisa avaliou mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres que desenvolveram câncer de mama em idade jovem. As mutações nesses genes, que têm como função a supressão tumoral, predispõem ao câncer de mama e ao câncer de ovário.

O estudo, desenvolvido em conjunto com pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi realizado em mulheres que tiveram câncer de mama entre os 20 e os 35 anos. Ambos os genes foram analisados a partir do sequenciamento do DNA do sangue das pacientes. O maior benefício desse estudo foi possibilitar a identificação não só de pacientes em risco, mas também de famílias com alto risco. A partir da pesquisa, o hospital passou a disponibilizar o teste para detectar mutações naqueles genes, de forma a antecipar diagnósticos.

“As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, associadas a uma história de ocorrências de câncer de mama ou ovário na família, indicam maior probabilidade de que a doença venha a se manifestar. Então, o sequenciamento desses genes passou a ser oferecido a pacientes que tenham esse tipo de histórico familiar”, relatou Vilma Martins.

Síndrome de Li-Fraumeni

Outra possibilidade de câncer familial caracterizada foi a Síndrome de Li-Fraumeni, que predispõe ao desenvolvimento de tumores em crianças (cérebro, rins e glândulas adrenais), adolescentes (sarcomas) e adultos jovens (mama). No Brasil, a presença de uma mutação no gene TP53, denominada R337H, foi identificada em pacientes com essa síndrome ou em síndromes relacionadas e estima-se que ela esteja presente em 0,3% da população da região Sul, aumentando o risco de desenvolvimento de cânceres ao longo da vida.

“Os estudos desenvolvidos no A.C. Camargo levaram à implantação do teste genético para identificação dessa mutação e diagnóstico em pacientes portadores de tumores com herança familial associada à síndrome. O teste é oferecido aos familiares e os portadores da alteração genética são acompanhados regularmente para a detecção precoce desses tumores”, afirmou Vilma Martins.

Com os estudos propiciados pelo banco de tumores foi possível estabelecer protocolos para convocação de indivíduos com alto risco de tumores hereditários. Se identificada uma condição de risco real, os pacientes passam a receber um acompanhamento médico mais rígido, o que aumenta sua probabilidade de sucesso.

Mais um estudo em câncer de mama vislumbrou a identificação de marcadores que pudessem predizer a progressão de um tumor ainda em estágio bem inicial. Esse tipo de tumor, denominadoin situ, tem baixa possibilidade de se tornar uma doença importante, mas uma porcentagem pequena dos casos pode evoluir.

O grande desafio era identificar, ainda nos estágios iniciais, os tumores que tinham risco de se tornar doenças invasivas e tratar adequadamente suas portadoras, poupando as demais dos tratamentos mais agressivos. A pesquisa chegou em um conjunto de genes com tal potencial que, agora, estão sendo validados em um número maior de casos.

Metaplasia intestinal

Outra pesquisa, também voltada ao diagnóstico precoce, analisou amostras de tecido de pacientes com gastrite, metaplasia intestinal (diferenciação da célula epitelial gástrica em célula intestinal) e câncer de estômago.

Alguns pacientes com gastrite desenvolvem a metaplasia intestinal. A pesquisa revelou que há genes muito parecidos nos portadores de metaplasia e de câncer de estômago. Avaliando a expressão gênica e comparando esses dois grupos, além de tecidos normais, foi possível identificar classificadores, que permitiram distinguir entre amostras tumorais e não tumorais.

“Dois módulos funcionais, um relacionado ao metabolismo de lipídios (ativo em amostras de metaplasia e inativo em adenocarcinoma) e outro relacionado a citocinas (inativo em amostras de tecido gástrico normal), possibilitaram identificar os pacientes com maior risco de desenvolver o câncer de estômago e realizar a remoção antecipada da lesão antes de ela se tornar cancerígena”, explicou Vilma Martins.

O Centro desenvolveu também pesquisas com a proteína claudina 7, cuja presença pode indicar maior probabilidade de recorrência de tumores de mama e que passou a ser utilizada como marcador.

Outras pesquisas estão direcionadas a maior eficácia em tratamentos. Em uma delas, ainda em andamento, procura-se identificar um marcador sanguíneo capaz de indicar a terapia mais adequada para os cânceres metastáticos de pulmão, pâncreas, ovário e colorretal.

Com uma coleta simples de 8 mililitros de sangue, é possível identificar e quantificar células tumorais na circulação e correlacioná-las com a resposta ao tratamento e a progressão da doença. Até o momento, 150 pacientes já foram incluídos no estudo, e, assim que validado, o teste será realizado em todos os pacientes que forem atendidos no A.C. Camargo Cancer Center, como forma de acompanhar a evolução da doença e definir a melhor terapia.
Fonte: agencia fapesp

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Deputada Enfermeira Rejane Convida para Debate importante



Vamos discutir uma política de saúde séria e responsável para a população do Rio de Janeiro O PCdoB do Rio de Janeiro quer ouvir você, filiado ou não Sua opinião é muito importante para todos nós



Dia 14 de dezembro às 9:00 h no auditório 91 da UERJ


Te espero lá


Abraços


Deputada Enfermeira Rejane

Mais um município de SP institui jornada de 30h. Desta vez foi Santo André

Com faixas e cartazes nas mãos, enfermeiros das unidades de saúde de Santo André comemoraram uma grande vitória nesta terça-feira (03/12). Vereadores da Câmara Municipal aprovaram, em primeira e segunda discussão, projeto de lei de autoria do parlamentar Sargento Lôbo (SDD), que institui jornada de trabalho de 30h semanais para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Agora a matéria segue direto para o Executivo, e ficará a cargo do prefeito Carlos Grana (PT) decidir o futuro dos profissionais.

De acordo com o secretário de Gabinete, Tiago Nogueira, o prefeito pretende vetar o projeto, pelo fato de não ter tido, até agora, discussão sobre a proposta. Além disso, a administração observa que a iniciativa tomada pelo vereador Lôbo é inconstitucional. Cientes disso, os enfermeiros e técnicos chegaram a dizer que “se o Grana vetar a Saúde vai parar”. Para Lôbo, a votação unânime significou o início de uma luta. “Isso demonstrou o total apoio da Câmara à categoria. Estamos fazendo um apelo para que o prefeito não vete o projeto”, ressaltou.

Caso o chefe do Executivo suspenda o projeto, os vereadores estão dispostos a derrubar o veto. De acordo com o presidente do Legislativo, Donizeti Pereira (PV), cabe aos profissionais da Saúde manterem a luta junto ao prefeito e explicou que o Executivo tem total conhecimento da tramitação do projeto. “A propositura entra automaticamente na ordem do dia. O fato dos profissionais fazerem um apelo, trazendo cartazes e faixas, não nos pressionou para que votássemos favoravelmente. Sou a favor das 30h semanais. Essa Casa já votou muito projeto inconstitucional”, declarou Pereira.

No Brasil, a enfermagem representa cerca de 1,8 milhões de profissionais. Hoje, os enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, somam mais de 60% da força dos trabalhadores de Saúde do País. No entanto, ainda é uma das profissões que não tem regulamentação de carga horária. O funcionário permanece durante 24h junto ao paciente, prestando assistência. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirma que a jornada de 30h é a mais adequada, pois reconhece que os trabalhadores convivem com situações extremas de sofrimento e exposição a ambientes insalubres; a jornada atual é de 40h.


via blogdoadilton

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Porque há diferenças de salário tão grande dentro da Enfermagem e entre os profissionais de enfermagem?

    
A enfermagem se divide em diversas funções básicas e suas especializações contam 11 (onze) áreas básicas de atuação, como a enfermagem em centro cirúrgico, saúde do idoso, saúde no trabalho, resgate, pediatria e terapia intensiva, todas regulamentadas pelo Conselho Federal de Enfermagem, o Cofen. A categoria ainda não tem piso salarial definido por lei, embora tramite um Projeto de Lei 2573/2011 com esta finalidade. As faixas variam muito de Estado a Estado e entre o serviço público e o privado.

Mas, além das diferença entre as atividades que exercem, esses profissionais também se diferenciam por seu nível de formação, que varia desde um curso livre, até o pós doutoramento, passando pelos cursos de bacharelado.

O auxiliar de enfermagem aprende, em um curso de um ano de duração, sobre os cuidados básicos de higiene e alimentação e estará apto a prestar assistência a pacientes de baixa e média complexidade, podendo exercer a profissão em laboratórios, clínicas médicas, ambulatórios e maternidades. O salario deste profissional pode variar entre R$ 680,00 e R$ 2.600,00.

O técnico de enfermagem estuda um ano e meio e aprende a lidar com pacientes de média e alta complexidade, fazer curativos e pequenas intervenções, podendo atuar em unidades de terapia intensiva (UTI), centros cirúrgicos, obstétricos e UTI neonatal. O rendimento mensal começa em R$ 880,00 e pode chegar a até R$ 3.900,00.

O enfermeiro está apto a prestar assistência direta a pacientes graves e realizar procedimentos de maior complexidade, supervisionar auxiliares e técnicos e liderar equipes de atendimento. Este profissional deve ter graduação de quatro anos, pode cursar especializações e seu salário varia muito, desde R$ 2.500,00, podendo chegar a R$ 16.000,00 mensais.


Há também, em alguns hospitais e centros de atendimento de saúde, a figura em extinção do atendente de enfermagem. Este profissional tem o ensino fundamental completo e somente colabora em atividades de apoio para a assistência aos pacientes, ações de fácil execução e situações de rotina. Entretanto, em 1995 o Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) divulgou uma resolução que desautoriza a função deste profissional, permanecendo no cargo apenas aqueles que já estavam em atuação antes de 1986, ainda assim, somente mediante autorização do Conselho.


Enfermagem em dados

Segundo dados do Cofen, em 2011 o Brasil tinha um total de 1.856.683 profissionais de enfermagem, sendo 346.968 enfermeiros (18,69%), 750.205 técnicos (40,41%), 744.924 auxiliares (40,12%), 14.291 atendentes (0,77%) e duas parteiras (0,0001%).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu em 2006 que o número ideal é de um profissional de enfermagem para cada 500 habitantes (1:500). No Brasil, a quantidade agrupada tem a proporção de 3,8 profissionais de enfermagem para cada 500 habitantes – acima do recomendado pela OMS. Porém, verifica-se que a categoria dos enfermeiros não atinge essa proporção, enquanto as demais categorias apresentam resultados acima do recomendado.

Dados de 2005 da Organização Panamericana de Saúde, no entanto, alertam para a má distribuição dos trabalhadores no país. A região Sudeste, mais populosa, é também onde se encontra o maior contingente de profissionais da enfermagem, 52,3% da força de trabalho do território nacional. Ficando outras regiões, como o sertão e o agreste com um deficit de profissionais qualificados.

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Vale a pena fazer Enfermagem, ou é uma profissão que não paga bem?

          Na hora de escolher uma profissão, muitas vezes a possibilidade de ingresso no mescado do trabalho e os salários oferecidos podem ser atrativos ou fatores que afastem os candidatos de uma ou de outra profissão.
          Entre as muitas possibilidades de formação de nível superior, a Enfermagem é uma das que chamam a atenção por aspectos diversos, incluindo o grande percentual de estudantes do sexo feminino, o alto nível de abandono durante os primeiros semestres do curso e a incerteza quanto a possibilidade de ingresso no mercado de trabalho formal e o acesso a um nível de salário digno de um profissional de nível superior.

          Sobre este aspecto, estudos sobre os salários apontavam, em abril de 2010, para a seguinte média salarial dos enfermeiros:
1) Enfermeiros hospitalares com nível superior completo, R$ 3.312,00
2) Enfermeiros do trabalho com nível superior e pós-graduação, R$ 4.123,00
3) Enfermeiros chefes hospitalares, R$ 5.353,00
          Por ser média, é necessário lembrar que as variações salariais estão dentro do intervalo que vai de R$ 2.400,00 a até R$ 12.055,00.
          É importante ressaltar também que os maiores salários são encontrados no serviço público, especialmente na área de docência superior e que,
          Não há garantia para colocação no mercado de trabalho de todos os profissionais formados, havendo um contingente significativo de profissionais desempregados.

          Hoje os salários apresentam uma média salarial para os enfermeiros assim distribuída:
1) Enfermeiros hospitalares com nível superior completo, R$ 3.438,76
2) Enfermeiros do trabalho com nível superior e pós-graduação, R$ 4.782,00
3) Enfermeiros chefes hospitalares, R$ 6.263,00
          Por ser média, é necessário lembrar que as variações salariais estão dentro do intervalo que vai de R$ 2.600,00 a até R$ 14.020,00.

          Vale lembrar ainda que esses são os salários para bacharel em enfermagem, com curso superior, ou para especialista em Enfermagem do trabalho. Porém é possível também ser auxiliar de Enfermagem fazendo “cursos livres” - que não têm vinculação com o sistema de ensino oficial; ou “técnico em enfermagem”, que é um curso profissionalizante de ensino médio. Sendo os salários desses profissionais menores do que os oferecidos aos Enfermeiros, em média 30% e 50% do valor do salário de Enfermeiro, respectivamente.

          Mas para decidir, não leve em conta apenas o salário. Visite hospitais, converse com enfermeiros e procure saber mais sobre o trabalho, as dificuldades e as satisfações da profissão. Pense também nas possibilidades de especializações, tais como enfermagem para UTI - unidade de terapia intensiva, UTI neonatal, isto é, cuidados destinados a recém-nascidos, cardiologia, reabilitação, pediatria, Obstetrícia, onde o enfermeiro pode acompanhar o pré-natal e o parto não distócico, etc.

          É preciso observar que a jornada de trabalho costuma ser puxada. Normalmente o profissional trabalha sob o regime de plantões, podendo ser de 12 X 36 h ou até 12 x 60 h, mas também pode ser diarista, com escala de 6 horas de segunda a sexta ou de segunda à sábado e que as escalas de plantão podem não respeitar fins de semana nem feriados, uma vez que ninguém deixa de necessitar de cuidados de saúde nos feriados e fins de semana.

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